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Crise dos abusos deve ser o centro do processo sinodal. Artigo de Massimo Faggioli e Hans Zollner

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16 Novembro 2022

O perigo inerente de deixar o escândalo dos abusos fora do centro das deliberações sinodais é grande e tem sérias consequências. A profunda decepção, raiva, resignação e alienação de muitos católicos seriam simplesmente varridas – e permanentemente levariam muitos fiéis comprometidos e suas famílias ao exílio espiritual.

A opinião é do historiador italiano Massimo Faggioli, professor da Villanova University, nos Estados Unidos, e do jesuíta alemão Hans Zollner, diretor do Instituto de Antropologia da Pontifícia Universidade Gregoriana e membro da Pontifícia Comissão para a Proteção de Menores.

O artigo foi publicado em National Catholic Reporter, 15-11-2022. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Segundo Faggioli e Zollner, "diante dos inúmeros desenvolvimentos de crises também na sociedade e no mundo, seria um sinal necessário se a Igreja Católica enfrentasse conscientemente o árduo e decepcionante confronto com seu passado e presente tão misturados. Ao fazer isso, ela seria um exemplo de como, com suas próprias falhas e potenciais, pode ocorrer um desenvolvimento ulterior realista e eficaz daquilo que existia no início do cristianismo: o retorno altruísta para aquelas pessoas que mais anseiam pela cura e pela salvação de Deus".

Eis o texto.

Como escreveu o historiador jesuíta estadunidense Pe. John O’Malley em um de seus últimos artigos publicados na revista America em fevereiro passado, a história da sinodalidade é mais antiga do que se pensa. Existem diferentes fases na história da instituição sinodal e da forma de governar a Igreja: desde a Igreja primitiva até os tempos medievais e o catolicismo moderno.

A fase atual faz parte daquilo que o Vaticano II tinha em mente para a reforma da Igreja: uma mistura de aggiornamento (ou atualização à luz de novas questões) e de ressourcement (uma nova visão das antigas fontes da tradição cristã).

Ao mesmo tempo, o atual processo sinodal iniciado pelo pontificado do Papa Francisco não pode ser entendido fora da crise dos abusos que mudou a história da Igreja Católica, um dos “sinais dos tempos” de que fala a constituição pastoral Gaudium et spes do Vaticano II: “É dever da Igreja perscrutar a todo o momento os sinais dos tempos e interpretá-los à luz do Evangelho” [n. 4].

O fato é que agora não é mais a Igreja que perscruta os sinais dos tempos à luz do Evangelho. São também os sinais dos tempos – a começar pelas vozes das vítimas e sobreviventes de abuso – que perscrutam a Igreja à luz do Evangelho.

Ficou evidente que não é mais uma opção ignorar, descartar, menosprezar ou ficar à margem dos casos de abuso, especialmente na Igreja. O abuso de qualquer tipo – sexual, espiritual, de poder e/ou de autoridade – contradiz flagrantemente a dignidade fundamental de todo ser humano.

Esse reconhecimento do terror do abuso faz parte de um longo processo de conhecimento e compreensão em nível sociocultural e político (opinião pública, legislação, sistema de justiça), mas também em nível comunitário, como comunidade católica (que é muito maior do que apenas o número daquelas pessoas que, depois do batismo, participam sacramentalmente da vida da Igreja).

Sinodalidade e abusos

A maioria das fases locais e nacionais do processo sinodal em curso, conforme emergiram do documento de síntese publicado pelo Vaticano em 27 de outubro, mencionou a crise dos abusos como um fator-chave que molda a percepção e a compreensão da Igreja, não apenas pela mídia, mas também pelos católicos. Essa conexão entre a necessidade de uma Igreja mais sinodal e o escândalo dos abusos tem sido visível também naqueles países onde não houve uma investigação nacional como na Inglaterra e no País de Gales (a Independent Inquiry into Child Sex Abuse, 2022), na França (o relatório da Ciase em 2021) ou na Austrália (o relatório da Royal Commission publicado em 2017).

Deve-se entender que as chances do processo sinodal que em breve iniciará sua fase continental estão intimamente ligadas àquilo que a Igreja Católica está fazendo e deixando de fazer em relação à crise dos abusos. Tem a ver com a crise dos abusos mesmo quando não tem a ver explicitamente com a crise dos abusos.

Se há uma questão sobre a qual os católicos de muitos países decidirão permanecer ou sair é a reforma da Igreja como resposta crível à crise dos abusos. Nisso, aquelas pessoas que caracterizam a sinodalidade como uma conversão espiritual e não estrutural deveriam olhar para a história (foi chocante ver que, no grupo de especialistas que se reuniu em Frascati para redigir o documento de síntese de outubro, não havia um único historiador).

A grande maioria dos católicos que se tornaram sensíveis à crise dos abusos e agora olham para o futuro da Igreja não querem outra Igreja mais católica em oposição à existente. Eles não querem outra Reforma para dividir o catolicismo em dois. Eles não querem uma “Contrarreforma” como a que reagiu contra os reformadores protestantes no século XVI.

O que eles querem é uma reforma católica que dê nova vida às estruturas existentes, que não tenha medo de se livrar de estruturas que não tenham mais uma função significativa e que certamente não terão no futuro, e que seja corajosa para criar novas estruturas.

Como disseram muitas vezes as lideranças sinodais, é verdade que o processo sinodal é um fruto maduro do Vaticano II. Mas essa será uma promessa fracassada – e um sinal sinistro do estado da recepção do Vaticano II – se o Sínodo sobre a Sinodalidade não abordar a crise dos abusos, especialmente na Igreja Católica, como um dos sinais dos nossos tempos.

Na verdade, a crise dos abusos é mencionada em vários documentos dos processos sinodais nacionais, inclusive nos Estados Unidos, Austrália, Áustria e França. No entanto, a forte impressão é que muitas vezes o sofrimento das vítimas de abuso na Igreja é apresentado como uma entre outras questões igualmente importantes.

Uma crise dupla

Mais importante ainda, a referência a uma “maior transparência, responsabilidade e corresponsabilidade” (como afirma o número 20 do documento divulgado pelo Vaticano em outubro) não parece realmente levar a enfrentar as questões sistêmicas subjacentes à dupla crise: de abuso e de falta de confiança nas lideranças da Igreja – e a consequente necessidade de mudanças estruturais, especialmente na governança da Igreja e nos modelos de ministério.

Querer ignorar ou minimizar o impacto da crise dos abusos pode ser algo motivado por duas razões.

Por um lado, muitas pessoas pensam que tem se falado de abusos há muito tempo e até demais, e que é preciso finalmente voltar às questões pastorais “reais”. Dependendo da preferência, essa pode ser a variante liberal ou conservadora de uma mentalidade de fortaleza. Esta última deixa de fora a crise dupla – o horror da violência sexual por parte de clérigos, religiosos e outras pessoas na Igreja, e o grande horror do fracasso institucional das lideranças da Igreja de impedirem o abuso – ao falar, por exemplo, sobre a sinodalidade e o estilo da Igreja no presente. Tudo o que possa perturbar uma atmosfera espiritual de recomeço, tão almejada depois de tantos escândalos, ou uma orientação de guerra cultural deve ser afastado.

Por outro lado, algumas pessoas – incluindo aquelas que lideram o processo do Caminho Sinodal nacional da Alemanha – veem a si mesmas expostas à acusação de que estão usando os casos de abuso como um pretexto para pressionar por demandas político-eclesiais frequentemente levantadas, como a ordenação de mulheres, sem terem passado por um genuíno processo de discernimento espiritual.

O perigo inerente de deixar o escândalo dos abusos fora do centro das deliberações sinodais (o que é compreensível do ponto de vista humano, à luz do sofrimento insuportável das pessoas afetadas e do fracasso da liderança da Igreja) é grande e tem sérias consequências. A profunda decepção, raiva, resignação e alienação de muitos católicos, até mesmo do núcleo das paróquias e de outras instituições da Igreja, seriam simplesmente varridas – e permanentemente levariam muitos fiéis comprometidos e suas famílias ao exílio espiritual.

Além disso, também não seria aproveitado o grande potencial criativo de uma verdadeira renovação espiritual e institucional que poderia levar a uma Igreja mais segura, mais transparente e mais honesta. O preço parece ser alto demais para muitos, que não reconhecem nem admitem que não há soluções rápidas e mágicas, nem à esquerda nem à direita.

Ao mesmo tempo, diante dos inúmeros desenvolvimentos de crises também na sociedade e no mundo, seria um sinal necessário se a Igreja Católica enfrentasse conscientemente o árduo e decepcionante confronto com seu passado e presente tão misturados. Ao fazer isso, ela seria um exemplo de como, com suas próprias falhas e potenciais, pode ocorrer um desenvolvimento ulterior realista e eficaz daquilo que existia no início do cristianismo: o retorno altruísta para aquelas pessoas que mais anseiam pela cura e pela salvação de Deus.

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